Busque por lugares aonde os sons que chegam até você sejam
de boas frequências. O correr das águas de um rio, o farfalhar das folhas e o
canto de pássaros, por exemplo. Aí, pratique o seu silêncio em paz.
O silêncio absoluto não existe. Sempre chegará até você uma
série de frequências que reverberarão em você de maneira positiva ou não.
Reconhecendo, com verdade absoluta, que o som se propaga por ondas, é fácil
deduzir o quanto ele pode afetar nosso organismo, visto que somos água, em
maioria, na nossa composição.
Assim, vale muito você se oferecer, eventualmente, um
momento para isolar-se de frequências abusivas que chegam até você de maneira
ofensiva. O som de um trânsito frenético, as buzinas exageradas de motoristas
doentios, o vizinho com “aquela” música desagradável e em altíssimo som, os
programas de debate cujos participantes acreditam que é o grito uma forma de
convencimento, um ambiente de trabalho com o nível de decibéis acima do
razoável. Tem mais? Sim, infelizmente...
Isole-se; é seu direito e um dever com o seu Eu.
Não precisa fechar-se em câmeras anecoicas, mas escolher os
bons ruídos que chegam até você em decibéis que não nos ataquem.
Aí você poderá ouvir o Seu silêncio.
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